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sábado, 30 de abril de 2011

Momento de mudar



Diante de tanta literatura e tantos artigos sobre futebol, depois de alguns cursos realizados e tantos anos vivenciando este esporte que apaixona milhões de pessoas pelo mundo afora, nós brasileiros temos que refletir sobre as mudanças que estão ocorrendo pelo mundo.
A Espanha é a atual campeã mundial, a Internazionale de Milão tornou-se recentemente campeã do torneio mundial de clubes, os africanos dentro do mercado do futebol em certos momentos são mais valorizados que os brasileiros, os argentinos ainda nos superam proporcionalmente em quantidade de jogadores exportados; e ainda vemos o futebol sendo administrados por pessoas que não tem a menor condição de fazê-lo, e vamos continuar afirmando que o Brasil é o país do futebol.
Em todas as profissões ou atividades funcionais, a organização, a disciplina e o profissionalismo são primordiais, em qualquer lugar do mundo paga-se muito bem para aquele que demonstra além das qualidades descritas, a criatividade e a facilidade para resolver possíveis problemas.
Se trouxemos isso para o futebol, podemos fazer algumas comparações:
- Organização: alguns clubes de futebol como o São Paulo, Atlético Paranaense, Internacional de Porto Alegre, Cruzeiro, se encaixam neste quadro, por isso sempre se destacam nas competições em que participam, é claro que existem outros, mas ainda é muito pouco.
Disciplina: cito como exemplo o nosso Rei ¨Pelé¨, me lembro que há alguns anos, assisti um documentário em que ele dizia que ao perceber uma deficiência, intuitivamente treinava para minimizar o erro, e na atualidade com Rogério Ceni, presenciei um treino no CT do São Paulo onde após o término,  ele ficava cerca de meia hora treinando, com os outros goleiros, as suas famosas cobranças de falta.
Profissionalismo: esse é um aspecto muito interessante, em qualquer profissão exige-se da pessoa o máximo de dedicação possível, e no futebol não é diferente, só que com uma carga de responsabilidade bem maior; o iniciante na base tem que se dedicar para conquistar seu espaço, depois, tem que manter esta meta com várias dificuldades, afinal tem que ser atleta 24 horas por dia.
Ainda tem a criatividade e a resolução de problemas, bem isso é cultural ou pelo menos deveria ser, mas aos poucos está mudando, nossos jogadores no geral, não são famosos pelos itens citados inicialmente, mas sim pela sua criatividade e através dela resolver problemas.
Nas minhas aulas afirmo o tempo todo que o futebol, como qualquer jogo coletivo é imprevisível, e como tal o atleta deverá ter um acervo motor bem amplo, se não, torna-se robotizado, duro, ¨gessado ¨,como alguns professores na pós graduação afirmavam, e  o pior, alguns desses atletas conseguem chegar ao tal ¨profissionalismo¨, é por isso que vemos em alguns jogos lances repetitivos, e sem o show que alguns esperam, não que a genialidade tenha acabado, nem o futebol força tenha superado a técnica, mas infelizmente alguns formadores de atletas ou possíveis formadores, por motivos profissionais, para não perderem seus empregos acabam tornando nossos atletas muito previsíveis.
E o que é pior na infância e adolescência, são preparados para o momento e não para o futuro.
É as coisas estão mudando, o que podemos esperar na próxima Copa?

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Prof. Esp. Adelson Antonio de Souza

Para que serve a categoria de base em um clube de futebol?



Ouço de alguns especialistas de futebol, que o Brasil é o maior formador de jogadores do mundo; que se o jogador brasileiro fosse mais dedicado e obediente taticamente, nós ganharíamos todas as copas.
Infelizmente acabo concordando com estas afirmações, mas também acredito que infelizmente ainda não é disponibilizado maiores recursos para a formação de jogadores de futebol no país.
Se vasculharmos a internet, veremos que muitos trabalhos são realizados, mas existe um grande obstáculo nestes trabalhos de formação, os garotos da base ficam a mercê de treinadores sem muita visão e muitas vezes despreparados para exercer tal função, muitos deles foram ex-jogadores e não buscaram formação acadêmica para exercer a profissão, não sou contra este fato, mas acho que como na formação educacional, os primeiros anos são de fundamental importância para as crianças, e um trabalho inadequado nesta fase pode encerrar prematuramente a carreira de um futuro atleta, é claro que o oposto também é verdadeiro, muitos profissionais com formação acadêmica também por pura vaidade não buscam novos conhecimentos e não se atualizam, param no tempo.
Outro dia enquanto assistia um programa esportivo, percebi que o convidado do dia era o Serginho, ex-jogador do São Paulo, Santos e Seleção Brasileira, quando foi questionado sobre a formação na base do clube que ele trabalhava no momento, o Santos, ele respondeu rapidamente sem dúvida nenhuma, que a base não tem que se preocupar em ganhar títulos, mas sim em formar jogadores.
Fiquei surpreso e ao mesmo tempo muito entusiasmado com a resposta dada pelo Serginho, é com o que deveria se preocupar os profissionais que atuam na base, mas infelizmente, resultado para nós significa ser campeão, e as vezes se paga um preço muito alto para se chegar neste objetivo, muitos garotos são submetidos a treinamentos exaustivos e passando por um processo de especialização precoce, ocasionando um desgaste físico e principalmente psicológico, determinando o fim dos sonhos de muitos garotos.
Temos que repensar nossas atitudes, reavaliar nossos objetivos e enfrentar tais fatos, é claro que muitas situações são impostas por pessoas que dirigem os clubes de forma totalmente passional, e pressionam os atletas e treinadores ao máximo, ameaçando em muitos casos de demissão ou encerramento de atividades, diante de tal situação infelizmente acabamos sucubindo às pressões e aceitando-as em troca de nossos empregos.
Temos que quebrar os paradigmas, mudar a visão e principalmente nossas atitudes.

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Prof. Adelson Antonio de Souza  

O que caracteriza resultado no futebol?



Fiquei observando e analisando esses quatro últimos anos dedicados ao futebol, mais precisamente a formação de atletas. No local onde trabalho aparecem todos os dias muitos garotos buscando o mesmo sonho, muitos deles incentivados pelos pais que depositam em seus filhos todas as suas vontades e desejos, e me lembro muito bem que nas minhas falas deixava bem claro que a minha maior preocupação era com o ser humano, a formação psicológica, cognitiva e emocional  de todos eles, e uso o futebol com esse objetivo; claro que nunca deixei de alimentar os sonhos de todos mas, deixava claro as dificuldades que o processo apresentava, mostrava que  nem sempre o campeão teria melhores oportunidades no esporte, muitas vezes aquele que aprende corrigindo seus erros é que poderia chegar mais longe.
Agora fiz um levantamento e percebi que alguns garotos entenderam o recado e abraçaram a ideia, pois no ano de 2010, alguns ex-alunos se destacaram na base de alguns clubes do estado de São Paulo, disputando o Campeonato Paulista.
São três no sub 15 do Atlético Clube Diadema, um no Olé Brasil, um no Jabaquara/Litoral, um no Comercial de Ribeirão Preto, um no São Vicente e um no São Paulo.
Isso é reflexo do dia-a-dia com conversas educativas e informativas, suor, dedicação, trabalho e muita motivação para superar as possíveis dificuldades.
Consegui resultados? É claro. Não fomos campeões de grandes torneios disputados pela escola em que trabalhava, mas o objetivo principal foi alcançado, formamos atletas, lapidamos pedra bruta e as mostramos para o mundo.
Ajudamos a formar cidadãos.
No ano de 2011, o trabalho continua com a mesma motivação.

Boa sorte à todos!

Prof. Esp. Adelson Antonio de Souza 

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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Contos do Futebol - Pedagogia do Cone (João Batista Freire)




Encontrei Dona Clotilde outro dia desses e ela insistiu, mais uma vez: ela queria porque queria assistir a uma aula dessas de escolinhas de esportes. Eu desconversei, mudei de assunto, tentei fazê-la desistir da ideia, mas não teve jeito. Por mais que eu afirmasse que era uma coisa chata, que ela iria se aborrecer, a boa velhinha insistiu e insistiu, até que eu cedi e a levei a uma Escolinha de Futebol, bem próxima ao local onde estávamos. No caminho ela me explicou que tinha muita curiosidade a respeito das coisas da Educação Física e que, no caso do Futebol, a curiosidade aumentava. Afinal, fomos campeões do mundo quatro vezes. E o que acontecia agora que não conseguíamos ganhar de mais ninguém?
Achei melhor que ela mesma constatasse.
Entramos no campo onde se realizavam as aulas e sentamos numa arquibancada lateral ao gramado. O professor estava começando a aula e havia umas trinta crianças, meninos e meninas, com idades entre oito e dez anos mais ou menos.
Primeiro ele deu um aquecimento, colocou a criançada em roda e a cada exercício que ele mostrava, o alunos iam repetindo. Ele flexionava o tronco à frente e contava até oito. Aí a garotada flexionava o tronco e contava bem alto até oito. Depois fazia uma abertura lateral e nessa posição, contava até oito. Foram uns dez exercícios de alongamento. As crianças, muito flexíveis, não tinham qualquer problema com alongamentos, ao contrário do professor, que era bastante rígido. Aí a Dona Clotilde me fez a pergunta que eu temia: por que o professor e as crianças tinham que contar até oito durante cada exercício? Tive que confessar que não sabia. Não será porque ele está ensinando as crianças a contar? Insistiu ela. Continuei dizendo que não sabia explicar isso. Ou será que é até onde ele sabe contar? Agora a velhinha já mostrava um tom de gozação. Fiz de conta que não ouvi, e tentei mudar de assunto. Mas aí é que a coisa piorou, começou a aula propriamente dita. Atentamente a minha amiga acompanhava a organização da aula de futebol. O professor colocou os alunos em fila, atrás de uma série de cinco cones, separados um do outro por uma distância de um três metros. Na frente da fila de cones, a uns dez metros, uma trave e um goleiro. Ao sinal do professor, o primeiro aluno da fila partia com a bola nos pés, zigue-zagueava entre os cones, passava a bola ao professor após ultrapassar o último cone, recebia a bola de volta e a chutava ao gol. Em seguida voltava para a fila e aguardava sua vez. Como a aula tinha trinta alunos, durante os trinta minutos que durou aquele exercício, cada aluno deu seis chutes ao gol. Eu impaciente, aguardando a pergunta da Dona Clotilde, que veio logo: Por que ele usa aqueles cones? Sinceramente minha amiga, não sei. Acho que é para melhorar a agilidade das crianças. Ela não ficou satisfeita: Escuta, mas, durante o jogo tem algum cone no campo para as crianças contornarem? Achei que a boa velhinha estava me gozando e fiquei quieto.
Ela continuou: Você reparou que elas passaram quase todo o tempo da aula na fila? Será que ele está ensinando os alunos a ficarem em fila? No jogo de futebol tem que fazer  fila antes de chutar no gol? E quanto mais eu fazia cara de aborrecido, mais ela se divertia.
Antes de nos despedirmos, ela tentou me consolar. Olha, João Batista, eu sei que não é assim que você dá aula. E ambos sabemos que Pelé e Garrincha nunca teriam aprendido futebol se tivessem feitos essas coisas que o professor ensinou às crianças. Mas, pelo menos aprendi uma coisa: Agora sei porque é que a nossa seleção apanha tanto de todo mundo . Não é só culpa do Ricardo Teixeira.

Texto retirado da aula - tema: Aprendizado e Treinamento do Futebol e Futsal (pós graduação) 

Para se pensar........
"Se uma pessoa simples sem qualquer formação específica, no caso a Dona Clotilde, pode analisar e verificar todos esses equívocos com relação ao ensino e treinamento do futebol, como é que "nós" os profissionais do movimento corporal e do futebol, seja na iniciação ou no treinamento especializado, não percebemos o erro, e o que é pior, nos recusamos a mudar e continuamos errando, cooperando de forma direta para a formação com nível cada vez menor de nossos jogadores de futebol".

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Prof. Esp. Adelson Antonio de Souza 

Formação de jogadores de futebol



Leio a todo momento em colunas esportivas, sites e nos programas na tv, sobre a formação dos nossos jogadores de futebol, tive a grata surpresa em perceber que as equipes que chegaram as finais da Copa São Paulo de Futebol Juniores, não se preocuparam somente com a força física, haviam jogadores com estatura média, mas com muita habilidade e inteligência.
Li num site acadêmico sobre futebol, um texto que tocava justamente nesse assunto, a preocupação com formação dos nossos atletas, a pressão que é exercida sobre as crianças desde o início, sim crianças, não devemos esquecer disto nunca .
A criança necessita de atividades e situações próprias para cada faixa etária, muitos profissionais do futebol não levam isso em consideração, e muitas vezes estão encerrando a carreira desses atletas mais cedo do que imaginamos.
A família que deveria ser um pilar sólido para que nossos "atletas mirins" pudessem se firmar para vencer seus obstáculos, muitas vezes age de maneira totalmente contrária, e ao invés de ajudar acaba atrapalhando, cobrando desses meninos o máximo de perfeição e dedicação, expondo-os a treinamento exaustivos; é claro que os pais, não tem a obrigação de saber cientificamente o que acontece no organismo infantil.
Talvez a frustração de não terem alcançados os objetivos como atletas ou com fins financeiros, os pais depositam toda essa esperança em cima dos filhos; a mídia coloca em destaque atletas renomados, que eram pobres e com muita carência, as vezes sem ter o que comer, agora mostra uma vida repleta de luzes e glamour, assédio de todos, salários altíssimos e talvez a solução de todos os problemas familiares.
Profissionais  da atividade física e instituições de ensino e desportivas, também tem parcela de culpa nesta situação, pois muitas deveriam dar suporte aos pais e principalmente a essas crianças, preparando-as para as frustrações e perdas, preocupando-se de forma concreta com a saúde física e psicológica, não que isso não ocorra, temos locais que essa questão realmente é levada a sério, mas infelizmente muitos outros ainda estão bem atrasados e o que é pior não tem a mínima preocupação com tal fato.
A grande questão são os profissionais que lidam diariamente com essas crianças, temos que entender que a criança não "é um adulto em miniatura", ela tem respostas a certas atividades bem diferentes dos adultos, mesmo assim temos "professores" por toda parte cometendo erros gravíssimos, observando treinos de adultos e aplicando nas nossas crianças, isto é um absurdo.
Vemos escolinhas e clubes de futebol espalhados por todo o país, muitos "profissionais" que nem ao menos procuram na literatura específica conhecimentos básicos para lidar com a formação, a explicação é que eles foram atletas profissionais de futebol, é claro que a experiência vivida não pode ser desprezada, não quero desconsiderar isto, mas ainda não é suficiente para suprir as deficiências encontradas na formação de atletas, a base é fundamental, costumo comparar à fundação de um prédio, "alicerce mal feito, prédio com queda evidente". Existem também professores formados em universidades que não buscam novos conhecimentos e assim se igualam aos empíricos, e muitas vezes até pior, não admitem questionamento, se acham donos da verdade.
As instituições deveriam ficar atentas a este problema, para que possam selecionar melhor seus profissionais, e assim, tentar chegar a um nível de excelência na formação de atletas, ou bem próximo disto.
A solução seria unir a experiência com a formação acadêmica, se não possível em um mesmo profissional, ter uma equipe multidisciplinar em aprendizagem e treinamento, com profissionais que estão realmente compromissados com o desenvolvimento do nosso futebol e principalmente com o desenvolvimento infantil.

Prof. Esp. Adelson Antonio de Souza
 

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E se o Pelé tivesse nascido na Finlândia?



Quando ligamos a TV,o rádio e na internet, nos programas e colunas esportivas, os apaixonados por futebol chegam a uma conclusão, realmente não existem mais craques em evidência no país, chegamos ao ponto que em um campeonato brasileiro realizado há algum tempo, os jogadores em evidência não eram do Brasil. O que está acontecendo com o nosso futebol? Será que mudou tanto assim? O treinamento físico intenso com o propósito de ganho de força, velocidade e resistência, estão acabando com a nossa maneira de jogar futebol, estão transformando nossos jogadores em atletas "duros", sem jogo de cintura, visando exclusivamente o mercado europeu.
O que está acontecendo? Será que estamos aceitando tudo isso de maneira passiva?
O futebol tornou-se uma grande fonte de renda, muitas pessoas estão lucrando cada vez mais com este esporte, e em ano de Copa do Mundo só se fala em futebol, gera lucros, trabalho e oportunidades de mudança de vida de muitas pessoas. Toda essa explosão de Marketing, Gestões Administrativas, gerenciamentos e lucratividade se esquece de uma coisa, estamos lidando com seres humanos, e como tal, com emoções, esquecemos que pra chegar até um clube profissional o "atleta", passa por inúmeras situações que poucos conseguem entender.
Alguns dizem: "esse garoto tem um dom divino", "é iluminado", "a sua estrela estava brilhando", estamos nos esquecendo que até o profissional o nosso garoto passou e memorizou intuitivamente todos os movimentos, situações e gestos específicos da modalidade.
Mas com o passar do tempo os campos de várzea foram diminuindo, os espaços ficando escassos, a violência está por toda parte, e ainda temos os famosos vídeos games, que estão tomando grande parte do lazer de crianças por todo o país.
Não quero dizer que devemos acabar com algumas formas de lazer, não é isso, estou dizendo como profissional da área de movimento corporal, que os estímulos estão diminuindo drasticamente, e com isso nossos craques.
Uma vez durante um curso sobre futebol, ouvi um professor nos perguntar: E se o Pelé tivesse nascido na Finlândia será que ele teria sido o "Rei do Futebol"?
Fiquei pensando nessa pergunta por muitos dias e tentei voltar no tempo, na minha imaginação é claro, analisar o que o garoto "Pelé" fazia para se divertir; primeiro em Três Corações nas Minas Gerais, e depois em Bauru, interior do estado de São Paulo, muito espaço, rios, ruas de terra batida, pouca violência, muitos campinhos de futebol, imagino a liberdade de movimento que ele tinha. È claro que se levarmos em consideração os apecto científico, o atleta "Edson Arantes do Nascimento" foi privilegiado geneticamente, mas esse privilégio de nada iria adiantar se ele tivesse nascido em outro país, que não o estimulasse a praticar o futebol.
O meio ambiente, os locais que frequentava, estimulou o garoto desde cedo a tonar-se uma lenda; pensando neste aspecto escolinhas de futebol e clubes de base garimpam e formam garotos todos os anos em busca de uma jóia rara, mas esquecem que os tempos de hoje não são como de décadas atrás, e infelizmente as crianças não se movimentam com tanta liberdade, os poucos espaços que restam estão cercados por violência, e na escola de ensino onde o menino tem o primeiro contato com um profissional de Educação Física, muitas vezes o trabalho é desmotivado e sem objetivos específicos, nós os "professores" e nosso sistema educacional, esquecemos que a criança necessita de movimento em forma de brincadeira descontraida, mas organizada, planejada e direcionada a desenvolver todos os aspectos do desenvolvimento humano.
Como no título do texto, a pergunta fica para quem quiser responder: E se o "Pelé" tivesse nascido na Finlândia, será que ele seria o "Rei do Futebol?"
O Brasil forma jogadores de futebol, "os craques", ou já nascem prontos?

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Prof. Esp. Adelson Antonio de Souza

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Características Físicas do Futebol



O futebol é uma modalidade esportiva que se caracteriza pela dificuldade de identificação com relação ao esforço físico. Na maratona ou nos 100 metros rasos é fácil perceber a predominância aeróbia ou anaeróbia, respectivamente; mas o futebol é um esporte que apresenta características bem particulares.
Por via das exigências analíticas se é forçado por vezes a separar o sujeito-atuante (motor), do sujeito-sentimento (afetivo) e do sujeito pensante (cognitivo), mas será perder de vista a indissociabilidade de todas as vertentes que caracterizam o homem em situação, o homem como unidade, uno na sua diversidade (SANTOS, 1992).
O futebol é modalidade esportiva intermitente, com constantes mudanças de intensidade e atividades. A imprevisibilidade dos acontecimentos e ações durante uma partida de exige que o atleta esteja preparado para reagir aos mais diferentes estímulos, da maneira mais eficiente possível (BARBANTI, 1996). REILLY (1997)  afirma que a maioria das atividades relacionadas com o futebol competitivo é intensa submáxima.
O futebol compreende vários tipos deslocamentos, embora a caminhada e o trote sejam predominantes. É necessário treinar a capacidade de resistência aeróbia para que os jogadores possam se movimentar durante os 90 minutos, com períodos de movimentos de alta intensidade, como acelerações em pequenas distâncias (YAMANEKA; ASAMI; TOGARI et al., citado por PERES, 1996).
De acordo com GARCIA, MUIÑO, e TELEÑA (1997), o futebol exige resistência, velocidade, agilidade e força. Para KUNZE (1987), o futebol exige uma série de capacidades físicas que se destacam a resistência, a velocidade e a força como princípios decisivos, mas também a agilidade e a flexibilidade.
Para SCHIMID e ALEJO (2002), o futebol requer força, potência, velocidade, agilidade e resistência. Destacam que, apesar da importância dessas capacidades, a velocidade é talvez a mais importante.
GARRET e KIRKENDALL, citado por OLIVEIRA (2000, p.55) afirmam que "a habilidade controlada com mudanças de direção, parece ser uma característica inerente aos jogadores de futebol ou de outros esportes coletivos".
O jogador deve possuir uma grande bagagem técnica, para que por meio da condição física possa estar apto a desenvolver estratégias e funções táticas (SANTOS, 1992).
Todos estes estudos tem um único objetivo: identificar o fator determinante para a melhora da performance no futebol, avaliar e quantificar as formas de treinamento buscando sempre atingir o mais alto nível técnico, físico e cognitivo.
O treinamento consciente deve unir a capacidade física com a cognitiva; a inteligência e a tomada de decisão ainda são e sempre serão fatores determinantes na busca de resultados positivos e na formação de jogadores de futebol.
  
Prof. Esp. Adelson Antonio de Souza

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terça-feira, 26 de abril de 2011

Simplesmente Futebol



Há alguns anos as nossas crianças tinham mais liberdade para se movimentarem e, assim, adquirirem uma grande acervo motor, que proporcionava uma melhora do rendimento no esporte; mas a violência das ruas, excesso de tempo na frente de vídeo games e computadores, além de uma formação esportiva com especialização cada vez mais precoce, estão de certa forma contribuindo para a escassez de craques.
Depois de alguns anos em escola pública, desenvolvendo projetos esportivos, realizando trabalhos sociais, e atualmente em escola de futebol, vivenciando o desenvolvimento de crianças e adolescentes no desporto, podemos afirmar que, com treinamento de forma adequada principalmente respeitando o desenvolvimento físico, motor e cognitivo; podemos resgatar o nosso verdadeiro futebol.
A proposta é uma formação global utilizando as mais variadas formas de jogos, preocupando-se principalmente com o estímulo da inteligência do futebolista, desenvolvendo a capacidade de superar as dificuldades encontradas durante um treinamento ou jogo, desenvolvendo não somente a técnica de movimento, mas a formação geral.
Devemos estimular o aprendizado, treinamento e desenvolvimento do futebol de forma racional e inteligente, planejada e organizada, com um único objetivo: formar jogadores que desenvolvam o futebol simples e objetivo, o futebol arte ou "simplesmente futebol".

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Prof. Esp. Adelson Antonio de Souza

Criança no Esporte

Este artigo é muito interessante, leiam!  CAMPOS, Wagner; BRUM, Vilma Pinheiro. Criança no Esporte . Midiograph: Londrina. 2004.   CAPÍT...