Ouço de alguns especialistas de futebol, que o Brasil é o maior formador de jogadores do mundo; que se o jogador brasileiro fosse mais dedicado e obediente taticamente, nós ganharíamos todas as copas.
Infelizmente acabo concordando com estas afirmações, mas também acredito que infelizmente ainda não é disponibilizado maiores recursos para a formação de jogadores de futebol no país.
Se vasculharmos a internet, veremos que muitos trabalhos são realizados, mas existe um grande obstáculo nestes trabalhos de formação, os garotos da base ficam a mercê de treinadores sem muita visão e muitas vezes despreparados para exercer tal função, muitos deles foram ex-jogadores e não buscaram formação acadêmica para exercer a profissão, não sou contra este fato, mas acho que como na formação educacional, os primeiros anos são de fundamental importância para as crianças, e um trabalho inadequado nesta fase pode encerrar prematuramente a carreira de um futuro atleta, é claro que o oposto também é verdadeiro, muitos profissionais com formação acadêmica também por pura vaidade não buscam novos conhecimentos e não se atualizam, param no tempo.
Outro dia enquanto assistia um programa esportivo, percebi que o convidado do dia era o Serginho, ex-jogador do São Paulo, Santos e Seleção Brasileira, quando foi questionado sobre a formação na base do clube que ele trabalhava no momento, o Santos, ele respondeu rapidamente sem dúvida nenhuma, que a base não tem que se preocupar em ganhar títulos, mas sim em formar jogadores.
Fiquei surpreso e ao mesmo tempo muito entusiasmado com a resposta dada pelo Serginho, é com o que deveria se preocupar os profissionais que atuam na base, mas infelizmente, resultado para nós significa ser campeão, e as vezes se paga um preço muito alto para se chegar neste objetivo, muitos garotos são submetidos a treinamentos exaustivos e passando por um processo de especialização precoce, ocasionando um desgaste físico e principalmente psicológico, determinando o fim dos sonhos de muitos garotos.
Temos que repensar nossas atitudes, reavaliar nossos objetivos e enfrentar tais fatos, é claro que muitas situações são impostas por pessoas que dirigem os clubes de forma totalmente passional, e pressionam os atletas e treinadores ao máximo, ameaçando em muitos casos de demissão ou encerramento de atividades, diante de tal situação infelizmente acabamos sucubindo às pressões e aceitando-as em troca de nossos empregos.
Temos que quebrar os paradigmas, mudar a visão e principalmente nossas atitudes.
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Prof. Adelson Antonio de Souza
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